quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Suave é o sábado

Jorge Luiz Bledow

            Você já reparou como se acorda no sábado? Diferente, não é?

            Diferente dos dias de semana, diferente do domingo.

            De segunda a sexta-feira, acordar e levantar, ou, levantar e acordar é uma coisa só. Abrem-se o olhos, pula-se da cama e vai-se à luta. No domingo, acorda-se. Depois, bem depois, abrem-se os olhos, dá-se aquela espreguiçada. Levantar, bom levanta-se muito depois.

No sábado, é outra coisa. Acordar, abrir os olhos, espreguiçar, para mim pelo menos, tem outro ritmo que fica entre os dias de trabalho e o domingo. Faço uma pequena reflexão repassando o que tenho a fazer nesta manhã. Claro, no sábado temos ocupações maravilhosas, que reservamos justamente para esse dia

Levantar sem pressa, um café de leve e demorado, o jornal com chimarrão. Vocês já notaram de como se lê o jornal no sábado? Nos dias úteis é aquele “correr a vista”, Vai-se a manchete e se alguma coisa chama atenção vai-se ao texto. No sábado não, vai-se ao texto antes da manchete. Aliás, os editores de jornais deveriam saber disso. Pode-se ler notícias integrais durante a semana, mas aos sábados absorve-se o texto. Lê-se sem pressa, pára-se para raciocinar, puxar a memória, fazer associações

Esse dia é consagrado a devaneios e ocupações suaves. Vai-se deixando alguma coisa durante a semana para o sábado e geralmente acaba-se não fazendo. É dia de brincar um pouco a mais com os filhos, lavar o carro, consertar a tomada. O almoço não tem hora e a sesta é maravilhosa.

Algumas coisas começam no sábado e podem ficar inacabadas, ou um tanto resumidas!

 

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