sexta-feira, 4 de março de 2016

O ALÇAPÃO

Ouvindo debates sobre a profunda crise econômica e política que o país travessa, toda hora ouve-se a expressão: “fundo do poço”!

A grande aposta é saber se já chegamos ao fundo do poço, agora inclusive, tem uma expressão complementar: no fundo do poço tem um alçapão!

A origem da crise é política, sendo esta a principal variável e de difícil solução. O país está dividido, já era antes das eleições de 2014, mas depois da campanha eleitoral e da reeleição de Dilma, as polaridades aumentaram.  Calhou de juntar a crise interna, com a crise externa, e piorou muito.

Os governistas chamam os opositores de coxinhas e estes chamam os governistas de PTralhas. O ministro que seria indicado pela aposição, convidado foi pelo governo eleito, e assim, as soluções que ele tentou emplacar foram estraçalhadas pelo próprio partido do governo e de coalizão no congresso.

Trocou-se o ministro, o discurso, mas solução não vem. As iniciativas do governo são tímidas, que insiste em CPMF, imposto do qual ninguém quer nem ouvir falar,   nem   empresários,   nem   a   oposição,   nem   trabalhadores,   nem sindicatos, nem a classe média e muito menos o partido do governo.

Talvez, e eu   não  sei,  mas   desconfio,  a CPMF   interessa   aos   bancos, particulares e estatais, vistos que estes, apesar da crise econômica cada vez tem lucros maiores.  Ora, CPMF é descontado por dentro do sistema, e dinheiro circulando, essa a matéria prima, gera dividendos ao sistema financeiro.

A oposição tenta pequenas saídas como a nova Lei que desobriga a Petrobrás investir pelo menos 30% nos projetos do pré-sal. Mas tem gente contra afirmando que isso é o início da derrubada da exclusividade da Petrobrás, na exploração, importação, refino, etc., etc. Além disso, afirmam que com isso a oposição prepara o caminho para o após futura eleição de 2018.

Eu tenho certeza que a Lei é boa.  A Petrobrás está em crise e não tem recursos para investimentos. Como sabemos isso é básico, o setor privado só investe onde fareja lucros, que é o que move o mundo, não tenho dúvidas. Aliás, privatizar, não necessariamente, a Petrobrás, e sim abrir o mercado para criar concorrência, e, assim, aumentar a eficiência em todos os setores da economia.

Precisamos melhorar a produtividade, a capacidade de investimentos, a credibilidade e tudo mais fortalecendo nossa combalida indústria nacional num amplo espectro.

Abram a economia relacionada ao petróleo, deixem a livre iniciativa prospectar, refinar, distribuir e principalmente importar. Tenho certeza de que os empresários encontrarão petróleo, gasolina, óleo e gás, mais barato em algum lugar do   mundo.   A Petrobrás é mastodôntica.   Emperrada.   Burocrática,
ineficiente e corrupta. Extrema ironia. Em corrupção os governos, qualquer um, são competentes por demais, ainda mais quando se trata de se perpetuar no poder.

Quando chegaremos ao fundo do poço?

Lembre-se: - Lá tem um alçapão!

Ou pior, pode ser um al-sapão barbudo!



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